Uma reunião para marcar outra. Assim pode ser definido o resultado do
encontro entre o governo do Estado e Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Estadual (Sinte). Uma nova rodada de negociação está marcada
para o dia 14.
A expectativa é de que o governo apresente uma proposta para pagar o
reajuste do piso nacional do magistério deste ano. “Durante a reunião, o
secretário de Educação (Eduardo Deschamps) tentou argumentar que o
governo apresentou três propostas. Na verdade, foi apenas um esboço de
proposta que ele até mandou para a Assembleia Legislativa e foi retirado
depois. Era para pagar 4% em janeiro e 4% em maio, depois dividir o
restante em cinco parcelas: agosto, janeiro, maio, setembro e dezembro,
porém, sem definir qual eram os percentuais. A categoria rejeitou e
entrou em greve. Depois, não apresentaram mais nada”, afirma a dirigente
do Sinte, Tânia Fogaça.
Outro ponto enfocado durante a audiência foram as dificuldades
financeiras do Estado, ocasionadas pela queda na arrecadação de impostos
e também os problemas para colocar a lei do piso em prática. “Deschamps
tentou argumentar que isso é difícil porque o reajuste do piso é
calculado em cima do custo/aluno e que o governo defende mudanças na
fórmula, mas que não há um consenso sobre a melhor forma. O fato é que o
Estado não pagou o reajuste deste ano, já estamos quase em 2013, logo
vem outro aumento e o achatamento da tabela só aumenta”, observa Tânia.
A proposta do governo será avaliada pelo Sinte. “Isso pode indicar um
início de negociação. O que for apresentado será analisado e, se for o
caso, o sindicato chama a categoria para discutir. Se não, esperamos que
abra-se a discussão, a negociação dos índices e da tabela”, diz a
sindicalista.
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