quinta-feira, 17 de novembro de 2016

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

GREVE GERAL

INFORMAÇÃO: Devido ao chamamento para a greve geral desta sexta-feira, não haverá expediente na sede da regional em Tubarão.


domingo, 6 de novembro de 2016

Sinte promove debate sobre reforma do ensino

Na tarde desta sexta-feira a Regional do Sinte em Tubarão promoveu um debate para discutir a Medi Provisória 746, lançada pelo Governo Federal, que trata da reforma do ensino médio. As mudanças afetam conteúdo e formato das aulas, e também a elaboração dos vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

De acordo com a coordenadora regional do Sinte em Tubarão, Tânia Fogaça, o assunto é delicado e precisa de muito debate. “Os principais afetados por tal medida, professor e aluno, não foram ouvidos. A medida prejudica quando ela exige a educação em tempo integral para os alunos. Milhares de jovens de 15 à 17 anos trabalham para ajudar a família. Como ficarão com essa exigência de estudar o dia todo?”indaga a professora.

O professor Gilvan Luiz Machado Costa, doutor em educação, palestrante do evento, acredita que essa medida é um retrocesso histórico e comunga com a ideia de que o tema precisa de muito debate, afinal, é a educação do país que está em jogo.

“Existem questões nessa MP que nos fazem voltar aos anos 70. O governo deveria se preocupar é com medidas para valorização do professor, reestruturação das escolas, fortalecimento da qualidade de ensino. A Mudança curricular, por exemplo, é matéria complexa, é estruturante, é parte de um projeto educacional e precisa ser construída socialmente, liderada por especialistas em comum acordo com os estados, escolas, universidades, educadores e estudantes”, explica Gilvan indagando ainda que “o mesmo governo que cria a MP-746 que pretende exigir mais investimentos na educação, cria paralelamente a MP-241 que limita os mesmos investimentos”.

Os especialistas acreditam que a mais perigosa mudança curricular nesta proposta é a profissionalização compulsória do ensino médio similar à implementada pela ditadura militar no país pela LDB 5.692/1971. “O resultado foi catastrófico. Reeditar a profissionalização da formação básica dos jovens, profissionalizando precocemente os adolescentes de 14 a 17 anos, agrava o que já é discutível no ingresso ao ensino superior: definir-se e optar por uma profissão com 17 e 18 anos. Não é apenas um equívoco, é uma irresponsabilidade para com as atuais e futuras gerações de jovens, iludidas por uma formação profissionalizante e instrumental, fadados ao insucesso e à infelicidade como pessoas”, afirma o Dr. Gabriel Grabowski, filósofo, educador e pesquisador do Ensino Médio e Educação Profissional.

Na próxima segunda-feira, dia 7, a Assembleia Legislativa promoverá uma audiência pública para discutir o assunto. Professores de toda a região participaram do debate em Florianópolis.