Se
procurarmos no dicionário o significado de indignação é um sentimento de
desprezo geralmente provocado por algo considerado incorreto, ofensivo e
injusto assim como revolta que significa sentimento de reprovação ou levantar-se
contra. Foi isso que senti quando, através da imprensa estadual, assisti o ato
realizado pelo Governo do Estado na última sexta- feira.
Na ocasião o governador em exercício, Eduardo
Pinho Moreira (PMDB) oficializou a liberação de R$ 1 milhão à Associação
Empresarial de Criciúma (ACIC), com recursos do Funturismo, que serão
utilizados na construção do auditório modular com capacidade para 540 lugares.
Na
comunidade do Campo Bom em Jaguaruna mais de (300) trezentos alunos estão sem
Escola, estudando em um mercado em construção. Vale lembrar que o slogan deste
governo usado na campanha eleitoral foi “as pessoas em primeiro lugar”, porém
faltou explicar quem eram estas pessoas. Por ser educadora não posso me calar
diante desta noticia e achar que não adianta fazer nada. Vou me manifestar sim
e com argumentos suficientes para justificar minha atitude.
Estamos com um estado de desgoverno, a saúde
em greve, hospitais públicos com equipamentos quebrados, faltam médicos, enfermeiros,
escolas estaduais interditadas pela
vigilância sanitária e corpo de bombeiro, escolas em situação precária em
muitas escolas faltam professores e
o governo distribuindo dinheiro para entidades privadas.
Depois de
muito tempo esperando, na semana que passou acompanhamos o anúncio do
Secretário Regional de Tubarão sobre obras nas escolas estaduais cujo custo
será de R$ 970,5 mil para atender um total de 10 escolas e mais de três mil
alunos, valor menor que o doado para ACIC (um milhão). Aos colegas professores
e demais funcionários das escolas Campos Verdes (Jaguaruna) e Sagrado Coração
de Jesus (KM 60 Tubarão) e Osvaldo Pinto da Veiga (Capivari de Baixo) nos resta
dizer que vamos continuar lutando e que os mesmos pelo jeito continuarão
trabalhando e ensinando nas mesmas condições precárias que estão hoje, por
algum tempo ainda. Porque conforme anuncia na imprensa o governo diz que falta
dinheiro e tem que cumprir a lei de responsabilidade fiscal. Mas o dinheiro liberado
para a associação de onde vem?
É importante
dizer que muitas destas escolas estão com denúncias no Ministério Público da
Região e isto é o que nos resta fazer, denunciar para a sociedade e apelar para
a justiça em quem ainda confiamos. Espero também que a sociedade cobre dos
gestores públicos aquilo que tem de direito : educação, saúde e segurança com
qualidade.
Tânia Fogaça
- Secretária de Organização Sinte Estadual
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