quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Dinheiro tem, para educação Não!


Se procurarmos no dicionário o significado de indignação é um sentimento de desprezo geralmente provocado por algo considerado incorreto, ofensivo e injusto assim como revolta que significa sentimento de reprovação ou levantar-se contra. Foi isso que senti quando, através da imprensa estadual, assisti o ato realizado pelo Governo do Estado na última sexta- feira.                

 Na ocasião o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira (PMDB) oficializou a liberação de R$ 1 milhão à Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), com recursos do Funturismo, que serão utilizados na construção do auditório modular com capacidade para 540 lugares.

Na comunidade do Campo Bom em Jaguaruna mais de (300) trezentos alunos estão sem Escola, estudando em um mercado em construção. Vale lembrar que o slogan deste governo usado na campanha eleitoral foi “as pessoas em primeiro lugar”, porém faltou explicar quem eram estas pessoas. Por ser educadora não posso me calar diante desta noticia e achar que não adianta fazer nada. Vou me manifestar sim e com argumentos suficientes para justificar minha atitude.  

 Estamos com um estado de desgoverno, a saúde em greve, hospitais públicos com equipamentos quebrados, faltam médicos, enfermeiros, escolas estaduais  interditadas pela vigilância sanitária e corpo de bombeiro, escolas em situação precária em muitas escolas  faltam  professores e  o governo distribuindo dinheiro para entidades privadas.

Depois de muito tempo esperando, na semana que passou acompanhamos o anúncio do Secretário Regional de Tubarão sobre obras nas escolas estaduais cujo custo será de R$ 970,5 mil para atender um total de 10 escolas e mais de três mil alunos, valor menor que o doado para ACIC (um milhão). Aos colegas professores e demais funcionários das escolas Campos Verdes (Jaguaruna) e Sagrado Coração de Jesus (KM 60 Tubarão) e Osvaldo Pinto da Veiga (Capivari de Baixo) nos resta dizer que vamos continuar lutando e que os mesmos pelo jeito continuarão trabalhando e ensinando nas mesmas condições precárias que estão hoje, por algum tempo ainda. Porque conforme anuncia na imprensa o governo diz que falta dinheiro e tem que cumprir a lei de responsabilidade fiscal. Mas o dinheiro liberado para a associação de onde vem?

É importante dizer que muitas destas escolas estão com denúncias no Ministério Público da Região e isto é o que nos resta fazer, denunciar para a sociedade e apelar para a justiça em quem ainda confiamos.  Espero também que a sociedade cobre dos gestores públicos aquilo que tem de direito : educação, saúde e segurança com qualidade.

Tânia Fogaça - Secretária de Organização Sinte Estadual

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