O descontentamento dos professores estaduais com o governo é evidente. A categoria luta por melhorias como o pagamento do piso nacional, o plano de carreira e o Plano Nacional de Educação, a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e uma jornada de trabalho condizente com o salário. Os educadores alegam que o governador Raimundo Colombo não cumpriu sua parte nas negociações do ano passado, quando a greve de 62 dias foi encerrada.
“Quando o governador assumiu o cargo, em 2008, sabia que o estado estava quebrado e seria difícil lidar com a pressão dos profissionais”, alfineta Tânia Fogaça, membro da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores de Educação (Sinte) de Santa Catarina.
Em protesto, ontem à tarde, os professores fizeram uma manifestação em frente ao antigo terminal rodoviário, no centro de Tubarão, e caminharam até as imediações do Farol Shopping. Faixas e bandeiras sinalizavam o descontentamento. A passeata, explica Tânia, foi a forma encontrada de levar à público o descaso do governo com a classe.
“O que o governador fez foi apenas proposta de palanque. Antes de eleito, disse que o cenário mudaria, que os alunos e os professores teriam melhores condições de estudos. Mas até o momento a situação é a mesma”, reclama Tânia.
A professora Maria Aparecida de Farias acredita que Santa Catarina ainda pode ter uma educação pública de qualidade. “Estamos aqui para buscar melhorias no setor e garantir condições educacionais dignas para os alunos”, defende.
Sem acordo
Após 62 dias de paralisação no ano passado, o estado prometeu efetuar a descompactação da tabela salarial e o pagamento do reajuste do piso, de 22,22% (passou de R$ 1.187,00 para R$ 1.451,00). Mas, de acordo com o professores, a promessa ainda não saiu do papel.
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