Esta quarta-feira é uma espécie de mais um dia ‘D’ para a educação da rede estadual de ensino. Nesta quarta-feira, os professores farão uma assembleia geral e na pauta: o retorno da greve, suspensa desde o dia 8 de maio, após 16 dias de paralisação.
“A postura do estado, desde então, é a de não negociar. Não recebemos, ainda, nenhuma proposta com valores e prazos. É um total descaso e desrespeito”, lamenta a vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), Janete da Silva.
Em nota, a Coordenadoria de Negociação e Relações Funcionais do Estado (Coner) argumenta que, desde abril, apresentou quatro diferentes tabelas salariais, mas todas foram rejeitadas pelo Sinte-SC.
No último encontro entre sindicalistas, representantes da Coner e o secretário estadual de educação, Eduardo Deschamps, na semana passada, as negociações foram suspensas até outubro, após as eleições.
Conforme o secretário, a baixa arrecadação, a lei eleitoral e a do Piso Nacional, em discussão em nível federal, justificam esta medida do estado. “O reajuste deste ano já está aprovado. Não há nada que impeça o pagamento do piso, muito menos para cessar as negociações quanto a tabela salarial, um das reivindicações da greve”, rebate Janete.
O estado sempre alegou pagar o piso, ainda que una os benefícios para chegar ao valor, algo que a categoria luta para modificar. Quando aposentado, os ‘extras’ não contam para a Previdência Social.
Paralelamente, o Sinte exige ainda o pagamento do piso para toda a carreira. “O governo bancou o aumento apenas para os professores que ainda não recebiam o valor, ou seja, a minoria”, defende a vice-coordenadora do sindicato.
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