terça-feira, 15 de novembro de 2011

Estado apresenta Plano de Carreira

Diário do Sul - 11/11

O esboço do novo plano de carreira do magistério estadual foi apresentado para os professores da Amurel nesta sexta-feira. O encontro ocorreu no Espaço Integrado de Artes, a Bolha, da Unisul, com professores, representantes do Sinte e o secretário-adjunto de Educação, Eduardo Deschamps. A intenção da secretaria é que os trabalhos junto ao grupo de discussão, criado semanas após o encerramento da greve, no dia 2 de dezembro, para enviá-lo à Assembleia Legislativa.

“Fizemos as discussões dentro do grupo formado após a greve e agora estamos apresentando nas regionais. Este é um esboço, ainda não temos a proposta definitiva porque esperamos as sugestões dos professores. Depois, enviamos à Assembleia e temos que aguardar os prazos dentro do Legislativo. Não temos como prever se irá à votação ainda este ano”, afirma Deschamps.

Para o professor Walfrido Schmitd, de Braço do Norte, e integrante do Sinte, a proposta é vaga e em alguns pontos piora a situação do professor. “Em vários momentos não há referência aos percentuais, como, por exemplo, na distinção entre os níveis de escolaridade, na progressão vertical. Como os professores vão analisar algo sem estes percentuais?”, questiona.

Outro ponto salientado por Walfrido é que a proposta modifica a progressão horizontal, reduzindo para oito letras e com promoção a cada cinco anos. Atualmente, são mais de 12 níveis, com progressão a cada três anos. “Por esta progressão, o professor, para chegar ao último nível, tem que estar há 40 anos em sala de aula. Como isso é possível? Se a aposentadoria do professor é especial, 25 anos para mulheres e 30 para os homens. A progressão vertical também é um problema. Estão propondo apenas quatro níveis, sendo o mais alto a especialização, excluem o mestrado e o doutorado. Isso não incentiva a qualificação dos professores”, afirma Walfrido.

Progressão - Segundo Deschamps, as contas do professor estão erradas, e o nível máximo pode ser alcançado em 35 anos. “Estamos levando em conta o tempo de serviço da aposentadoria normal dos homens. Já em relação aos níveis verticais, queremos que todos os professores façam mestrado e doutorado, mas isso tem que ser uma política pública. Nestes casos, eles terão gratificações. Os percentuais destas gratificações estarão também na lei do plano, assim como os percentuais da tabela”, garante Deschamps.

Informações: Amanda Menger - Jornal Diário do Sul

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