A discussão sobre a municipalização do ensino fundamental em Tubarão foi tumultuada. A reunião, realizada no auditório da Acit, contou com a participação de sete vereadores (Vanor Rosa, Jefferson Brunatto e João Fernandes não estavam presentes), da SDR de Tubarão, da prefeitura, professores e do Sinte. O encontro teve o objetivo de apresentar o ponto de vista dos professores e dos representantes do Estado e do município. No dia 3, a prefeitura protocolou uma proposta de municipalização de três escolas.
Segundo a representante do Sinte, Tânia Fogaça, as discussões sobre municipalização começaram há várias décadas, mas em Santa Catarina a ênfase foi a partir dos anos 1980. “A questão nunca avançou muito pelo mesmo motivo: o financeiro. Nós somos contrários por isso, o município não conseguiu ainda dar conta daquilo que é a sua prioridade pela Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação: a educação infantil”, pontua Tânia. Para reforçar o argumento do Sinte, foi apresentado por uma professora um vídeo com imagens de seis centros de educação infantil do município e que apresentam problemas estruturais.
O secretário de Educação, Felipe Felisbino, e de Desenvolvimento Regional de Tubarão, Haroldo de Oliveira Silva, o Dura, também expuseram seus argumentos. As duas falas foram interrompidas diversas vezes pela plateia, que não concordava com as afirmações.
Os ânimos se exaltaram principalmente quando foi aberto o espaço para o público. Entre as preocupações está o destino dos professores das escolas municipalizadas - a prefeitura não quer assumir os professores e funcionários. Segundo Dura, a partir de dezembro os professores serão ouvidos um a um para indicarem para onde serão remanejados.
Vereadores - No fim da reunião, cinco vereadores presentes (Ivo Stapazzol e Eraldo Pereira saíram antes) esquivaram-se de definir seu posicionamento. Todos disseram que irão avaliar a questão e procurar outras informações e dados. “Temos uma responsabilidade muito grande, que é decidir o futuro dos professores e, principalmente, dos alunos e das crianças que ainda entrarão nas escolas. Precisamos avaliar com cuidado”, ponderou Deka May (PP), vereador que sugeriu a realização da reunião. Segundo o presidente da Câmara, João Batista de Andrade (PSDB), uma audiência pública pode ser marcada quando o projeto de lei for encaminhado à Câmara.
Vaias – Um dos momentos mais tensos da reunião foi a vaia tomada pelo secretário de Desenvolvimento Regional. Dura atendeu ao telefone algumas vezes durante a reunião e acabou sendo vaiado pelo público. Após a reunião, o secretário disse ao DS que uma das ligações era do governador Raimundo Colombo, remarcando o horário da reunião sobre o aeroporto regional, marcada inicialmente para as 10h, na segunda-feira, e transferida para as 16h.
Repórter Amanda Menger
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