Logo na segunda semana de funcionamento, o “ensino médio integral inovador”, sistema criado pela Secretaria de Estado da Educação, onde alunos passam nove horas do dia na escola, com uma hora de almoço, parece já ter encontrado problemas em um estabelecimento de ensino de Laguna. Nesta quinta-feira, alguns alunos da Escola Almirante Lamego ficaram sem a merenda servida ao meio-dia e, de acordo com testemunhas, entre elas um funcionário do estabelecimento que não quis se identificar, foram conduzidos por uma assistente da direção até um restaurante, fora da escola, para almoçar.
“É que na primeira semana de aula vieram poucos alunos e, com isso, nossa nutricionista reduziu a comida para evitar desperdícios. Agora nesta semana (última) muitos alunos se matricularam e acho que esqueceram de aumentar a quantidade de comida”, explicou o funcionário, que ainda revelou que cerca de 15 alunos foram conduzidos até um restaurante para almoçar. “Uma funcionária que auxilia a direção foi quem os levou até o restaurante, que fica bem pertinho da escola”, revelou.
Contudo, o diretor da E.E.M. Almirante Lamego, Jorge Paulo Rebelo, negou a versão da funcionário e que os alunos tenham saído das dependências da escola. “Não foi nada disso. O que aconteceu é que muitos alunos se matricularam naquele dia e servimos professores e alunos que não eram para estar nesse dia almoçando, como namorados que faziam companhia a alunos. Outro fator é que a comida é muito gostosa e alguns comeram mais que a quantidade necessária. Para os que ficaram sem o nosso almoço, encomendamos comida de um restaurante, que entregou na escola. Nenhum aluno saiu daqui, até porque é proibido no período integral sair da unidade escolar”, explicou o diretor.
Jorge afirmou que a escola tomará providências para que isso não se repita. “Faremos uma fiscalização mais rígida para que só almoce quem realmente tem que almoçar e que alunos não comam mais que o necessário. Além disso, faremos pesquisas sala por sala para mapear quais alunos têm diabetes, alergia a alimentos e também a religião de cada um, porque pode influenciar na cardápio”, finalizou.
Fonte: Diário do Sul
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