quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Lauro Muller diz não a Municipalização

Após muitas visitas e reuniões com Associações de Pais e Professores nas Escolas, Ministério Público, Prefeitura, Câmara de Vereadores e sem sucesso na Secretaria Municipal de Educação, aconteceu ontem a noite pasmem em pleno dia 09/01/12, as 19hs na câmara municipal de vereadores de Lauro Muller, a votação e reprovação (sete votos a um) do projeto de lei que autorizava o chefe do poder executivo Hélio Bunn, a realizar convenio com o Governo do Estado de Santa Catarina via Secretaria Estadual de Educação a municipalizar escolas estaduais.
Foram mais de cinco meses de extremo stress para os trabalhadores em educação do referido município, pois a cada semana um fato novo se mostrava para assediar e aterrorizar os mesmos.
E ficou para depois do período de tortura do governo estadual ( reposição das aulas pós greve ) a apreciação e votação em seção extraordinária, pois o referido prefeito não foi corajoso o suficiente para encaminhar o seu intento em época normal de aulas, ficando para o período de férias e provavelmente pensando que neste período estivessem a categoria desmobilizada. Ledo engano, com concentração dos trabalhadores a partir das 17h30 em frente a prédio público, e  um plenário lotado, SINTE Estadual, SINTE Regional, Professores (as), Maridos, Esposas, Pais, Serventes de Escolas demitidos sem qualquer alegação, e muitos munícipes apoiadores a causa das comunidades escolares, viram a Municipalização  da Educação em Lauro Muller ser derrotada por esmagadora votação. Mostrando que a democracia se faz com discussão entre as partes envolvidas, e não através de vontade ditatorial de alguém que julga acima do bem e do mau.
Mostramos para a sociedade local que precisamos ter educação de qualidade em todos os níveis, e em Lauro Muller a educação infantil não é atendida e muito ainda falta para que a mesma seja oferecida em sua totalidade.
Avançar na educação fundamental sem atender o ensino infantil, somente pela questão financeira, certamente é um passo administrativo errado e que levara a educação do município que o (os) prefeito (os) diz (em) que é perfeita mas em todas as reuniões comunitárias em que participamos, os presentes foram unânimes em dizer que faltam vagas em todos os bairros, sem falar a própria declaração do prefeito que disse “quero municipalizar para parar de construir salas de aulas”, ou seja se precisa de escolas para abrigar o ensino infantil, é porque não cumpre o que determina a constituição e nem fala a verdade em suas declarações sobre como esta a educação em seu município.
Penso que nenhuma escola que faria rifas para se auto sustentar, se o mantenedor responsável cumprisse com suas obrigações de repassar o necessário para a manutenção de sua unidade escolar, e o bilhete de rifa mostrado em uma das fotos anexas deixa claro que as declarações do prefeito não conferem com a realidade.
O apoio dos meios de comunicações e a sociedade em geral, bem como a mobilização dos Professores e Sindicato, resultaram em uma vitoria parcial, pois hoje o lunático depois de levar uma surra histórica na câmara de vereadores declarou que estaria indo para Florianópolis, a fim de saber na Secretaria de Educação se havia uma forma legal de fazer a municipalização por decreto.
Estaremos em alerta, pois muito ainda temos que galgar para erradicar de vez essa idéia absurda dos prefeitos e governadores de municipalizar a educação estadual e provocar a incerteza da qualidade e o desemprego dos trabalhadores da educação.
Somente a luta e o povo nas ruas, faz com que esses sabem tudo, que administram estados e municípios reconheçam que não são nada mais nada menos que pessoas comuns, eleitos por pessoas comuns, para administrar o bem público para pessoas comuns. E não para seus ...

MARCELO SPECK DA ROSA - SECRETARIO ADJ. DE ORG. DO SUL

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