quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Sindicatos da educação promoverão debate em TB
Jonral Notisul - Jailson Vieira
Há algum tempo, fortes e intensos debates que envolvem o
projeto Escola Sem Partido têm alcançado destaque no meio educacional
brasileiro. Tubarão e região não poderiam ficar de fora, e por isso no próximo
dia 11, na Arena Multiuso Prefeito Estêner Soratto da Silva, representantes do
Coletivo Pró-Educação, Sintermut, Sinte e Simpaeet farão uma audiência pública
sobre o Projeto de Lei nº 23/2017, que institui na Cidade Azul o Programa
Escola Sem Partido.
O projeto, que tramita na Câmara de Vereadores de Tubarão
desde o início deste ano, é do legislador Lucas Esmeraldino (PSDB). Há diversos
projetos de lei em tramitação em câmaras, assembleias legislativas e no
Congresso Nacional, que versam sobre os direitos e deveres dos professores
dentro da sala de aula, além dos direitos dos pais na decisão sobre o conteúdo
da educação dos filhos e regras para a definição de livros didáticos a serem
adotados pelas escolas.
Para as entidades ligadas à educação, a iniciativa é
classificada como “Lei da Mordaça”. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores
em Educação (Sinte-SC) de Tubarão, Tânia Fogaça, afirma que não há motivos para
a criação dessa norma. “Projetos como esses devem ser discutidos, debatidos
exaustivamente e não devem ser colocados dessa forma à sociedade. Há tantos
projetos importantes para se colocar em prática em benefício da população. O
professor é um mediador e aborda os prós e contras de uma situação. Em mais de
30 anos de magistério, essa é a primeira vez que uma iniciativa assim é
levantada”, lamenta Tânia.
Ela entende que quando se cria um projeto de lei é para
beneficiar a população e não para limitá-los. Conforme a Procuradoria-Geral da
República, a ‘Escola sem Partido’ é inconstitucional e subestima os alunos. “A
Constituição estabelece diversas liberdades que fazem parte do conteúdo do
direito à educação: aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber. Essas liberdades de aprendizado, ensino e pesquisa formam o
núcleo essencial do direito à educação. Sem liberdade de ensinar e aprender não
há o próprio direito à educação”.
O que é a escola sem partido?O primeiro passo é entender do
que se trata o projeto Escola Sem Partido, firmado na figura do advogado Miguel
Nagib. A proposta defende uma educação neutra, sem a interferência da posição
política do professor, da instituição e muito menos do governo. Essa linha de
pensamento já gera um espanto, pois não existe uma escola sem partido, a
proposta e o projeto são utópicos. Ao entrar em sala de aula, o docente carrega
consigo uma carga de conteúdo que, forçosamente, levará o juízo de valor do
educador e sua forma de ver o mundo, podendo ocorrer um exagero por parte
daquele que está lecionando, mas que é inevitável deixar do lado de fora da
escola. Existe uma politização, ainda mais quando um grupo de pessoas se reúne.
E esse fator deve ser levado em consideração no debate em questão.
Descaso com o Colégio Gallotti
Em visita a Escola Senador Francisco Benjamim Gallott, constatamos a situação critica da estrutura física do terceiro piso da escola. A escola recebeu reforma do telhado, mas a empresa que executou o trabalho causou danos na laje do forro e no piso das salas. Lamentável como a educação pública é tratada com descaso, tudo tem que ser denunciado para poder acontecer.
O professor, além de não ser valorizado, receber baixos salários, ainda tem que participar de festas para arrecadar dinheiro a fim de ajudar a manter a escola, compromisso e responsabilidade do governo.
Algumas fotos abaixo mostram comprovam o que estamos falando:
sexta-feira, 12 de maio de 2017
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Nota Pública
O SINTE/SC através da Executiva Estadual, em virtude das mobilizações para a Greve Geral do dia 28 de abril, convocada pela CUT, CNTE, CTB, CONLUTAS, INTERSINDICAL entre outras centrais e movimentos sociais, decidiu pela suspensão da Assembleia Estadual do dia 28/04.
A deliberação vem ao encontro de construir de fato uma grande paralisação nacional, para que todas e todos os/as trabalhadores/as em educação possam participar de atos ou atividades realizadas em sua região ou cidade e paralisem todas as escolas de SC.
No entendimento da executiva, uma assembleia no dia da greve geral poderia, de certa forma, desmobilizar os/as profissionais da educação, visto que, grande parte precisa se deslocar até a capital, deixando de unificar a luta em sua região. Este também foi o pedido de algumas Coordenações Regionais da entidade, que estão juntos na organização das manifestações em seus municípios.
Aproveitamos para orientar as regionais que ainda não tem programação, que organizem a mobilização em sua região, ou se unifique ao movimento em local mais próximo chamando os/as trabalhadores/as.
Ressaltamos a importância desse momento de luta e unificação da classe trabalhadora que teremos neste dia 28 de abril, pois só assim, conseguiremos derrubar as medidas do Governo Temer que pretendem destruir os direitos dos/as trabalhadores/as de forma irreversível com as Reformas da Previdência e Trabalhista.
Sendo assim, convocamos todos/as os/as trabalhadores em educação para participar da GREVE GERAL DO DIA 28/04, PARANDO SUA ESCOLA e participando das atividades em sua regional ou cidade. É hora de luta e unificação. Faça parte!
Por nenhum direito a menos! CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA, pelo Piso Nacional na carreira, pagamento das perdas salariais (piso e inflação) e anistia das faltas do magistério catarinense!
DIRETORIA EXECUTIVA DO SINTE/SC
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Professores participam de audiência pública para debater Reforma da Previdência
Representantes de entidades sindicais e da sociedade civil
organizada criticaram, em audiência pública realizada na manhã desta
segunda-feira (3), no Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, as
propostas de reforma previdenciária (PEC 287/2016) e trabalhista (PL 4308/1998)
que tramitam no Congresso Nacional.
O evento que lotou as galerias do Plenário Deputado Osni
Régis e o Hall do Palácio Barriga Verde foi promovido pela Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado em conjunto com as Comissões
de Constituição e Justiça; de Trabalho; e de Saúde da Alesc.
Segundo os participantes da audiência pública, as matérias
representam o desmonte da previdência pública e a retirada de direitos
garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
28 de abril: dia de paralisação
As lideranças sindicais e representantes de entidades da sociedade civil que se manifestaram na tribuna da Alesc reforçaram o apoio à paralisação geral prevista para o dia 28 de abril em protesto contra a reforma da Previdência, mudanças na legislação trabalhista e a Lei da Terceirização.
As lideranças sindicais e representantes de entidades da sociedade civil que se manifestaram na tribuna da Alesc reforçaram o apoio à paralisação geral prevista para o dia 28 de abril em protesto contra a reforma da Previdência, mudanças na legislação trabalhista e a Lei da Terceirização.
A presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Anna Julia Rodrigues, ressaltou que as mudanças propostas para a
Previdência Social vão dificultar o acesso da população ao benefício da
aposentadoria. “É uma reforma que vem retirar os direitos dos trabalhadores. A
grande maioria não vai se aposentar se essa reforma passar desse jeito. Não
existe condições para que o trabalhador contribua por 49 anos ininterruptamente
até os 65 anos de idade, levando em consideração a expectativa de vida do
brasileiro. Muitos trabalhadores vão morrer sem conseguir se aposentar”, falou.
“Precisamos alertar a sociedade. Não dá para aceitar essa reforma. Vamos lutar
contra essa proposta.”
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