Os professores da rede estadual de ensino das quatro
regionais do sul de Santa Catarina, protestaram contra o governo no Ato
Macrorregional do Sul, na tarde desta quinta-feira, 10, em Criciúma. No início
da tarde o grupo reuniu-se na entrada do Hospital São José para aguardar a
chegada do governador. "Viemos marcar presença aqui também para mostrar o
descontentamento dos professores. Não queremos amargar essa história por mais
quatro anos", afirmou a coornadora regional do Sindicato dos trabalhadores
em Educação (Sinte) em Criciúma, Cíntia dos Santos.
No pronunciamento do governador Raimundo Colombo, durante assinatura do convênio com o Hospital São José, dois professores fizeram um protesto silencioso na sala. No momento que o político começou a falar, ambos se posicionaram de costas para ele.
Incomodado com a situação, Colombo inseriu em seu
discurso uma fala direcionada claramente aos protestantes. "O Estado só
vai para a frente quando as pessoas de bem não viram as costas, e sim têm a
dignidade de se permitirem olhar nos olhos das outras pessoas", alegou.
Diante deste comentário, a professora que estava
manifestando-se, Giovana dos Santos, argumentou em baixo tom, para os que
estavam ao seu redor, sua indignação. "E o que se faz quando é o governo
que vira as costas para a educação? O Estado só anda bem quando a saúde, a
educação e a segurança estiverem bem também", completou.
Após esse episódio a dupla dirigiu-se para a Avenida
Centenário, no cruzamento próximo ao terminal central de ônibus, onde o
restante do grupo já se encontrava. Os professores realizaram um protesto com
faixas, bandeiras e carro de som, e foram em passeata até a Praça Nereu Ramos.
O objetivo da movimentação foi chamar a atenção para
o problema ainda existente, mesmo após negociações desde 2011. "Se não
vamos ganhar nada não importa, porque sabemos que com o governo conversa não
existirá mais. Nós só não queremos que o governador atual se reeleja nas
eleições deste ano", disse a coordenadora do Sinte da Regional de
Criciúma, Janete Jane da Silva.
Mobilização da classe
Com camisetas que diziam “Fora Colombo!” os
professores terminaram o ato na Praça Nereu Ramos. Um novo protesto será
realizado dia 15 de abril. Segundo a educadora Jussara Fogaci, a categoria está
pedindo qualidade na educação. “As escolas precisam de materiais para estudo,
equipamentos, e principalmente a valorização dos profissionais da educação.
Hoje em dia, um professor recém-formado está ganhando quase o mesmo que um que
possui pós-graduação ou mestrado”, afirmou Jussara.
*Informações do Portal SATC, com a colaboração da
acadêmica de Jornalismo Satc Amanda Farias.
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