No segundo dia da paralisação nacional dos professores estaduais, a adesão ao movimento em Tubarão foi menor do que esperava o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte). Hoje ocorre assembleia da categoria em Florianópolis, na qual pode ser decidida uma greve por tempo indeterminado.
Ontem ocorreu no salão paroquial da Igreja de Monte Castelo um seminário sobre a meritocracia, um dos pontos que o sindicato questiona. Conforme a secretária de organização do Sinte/SC, Tânia Fogaça, representantes de cerca de 20 escolas estiveram no evento. “Como temos 60 instituições na região, ainda é um percentual pequeno. Muitos professores ficaram nas escolas para a Conferência Nacional da Educação, que ocorre hoje (ontem)”, disse.
De acordo com Tânia, há a possibilidade de ocorrer uma greve por tempo indefinido, mas isso será deliberado hoje, na assembleia que ocorre em Florianópolis. “Não há nada definido. Sei que algumas regiões do Estado fizeram assembleias e querem uma definição, sendo favoráveis até mesmo à paralisação”, contou. Tânia comentou que dois ônibus levam os professores da região da Amurel para a assembleia hoje.
Algumas das reivindicações dos profissionais da educação no Estado são a adequação do piso estadual ao estabelecido em Lei Federal, adequação de carreira, jornada de trabalho e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Além disso, o movimento nacional foi, segundo Tânia, uma manifestação de alerta para as condições da educação no país. “Lutamos por valorização dos profissionais, por melhores condições nas escolas e melhor estrutura de trabalho”, apontou.
Meritocracia
De acordo com a secretária de organização Tânia Fogaça, o seminário sobre meritocracia foi realizado para esclarecer sobre o tema, que, segundo ela, prejudica muito os professores. O sistema, já em implantação em alguns Estados, muda a forma dos critérios considerados para o plano de carreira dos professores. “Hoje nós temos um sistema no qual, quando um professor se qualifica, por exemplo, é recompensado por isso com um aumento no salário. Com a meritocracia o sistema muda e passam a valer critérios estabelecidos pelo governo, que certamente vão trazer muitos impactos para os profissionais da educação”, afirma Tânia.
Diário do Sul
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