sexta-feira, 29 de junho de 2012

Escola Campos Verdes continua pedindo socorro


No dia 8 de abril do ano passado o Secretário de Educação Marcos Tebaldi junto com sua comitiva esteve em Balneário Campo Bom – Jaguaruna, visitando a Escola de Campos Verdes e viu de perto a situação precária que os alunos enfrentam todos os dias para garantir o que lhes é de direito, o acesso a educação.





 Após um ano de promessas, do governo do estado, secretário de educação, secretário regional e outras autoridades, a situação continua a mesma.

Os diretores do Sinte estiveram no último dia 27/06 visitando mais uma vez a Escola de Campos Verdes em Jaguaruna e encontraram a mesma situação degradante e deprimente em  que os gestores públicos colocam a Educação de Santa Catarina. 







Muitas promessas foram feitas e NADA! Não podemos aceitar mais esta situação e nem os pedidos de paciência, pois estes senhores não trabalharão jamais em instalações com estas .

A comunidade escolar pede socorro e respeito.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Esclarecimentos sobre descontos na folha de junho


No dia de hoje, o SINTE/SC recebeu diversas ligações de trabalhadores (as) da educação de todo Estado, afirmando que, ao acessarem suas folhas de pagamento online, perceberam o desconto de todo o restante dos dias paralisados por conta da última greve.

 Sendo assim, o sindicato procurou averiguar a situação junto ao Governo do Estado, e descobriu que foram casos isolados, e que a prática não foi usada para toda a categoria. De acordo com Décio Vargas, Coordenador do CONER, aconteceu um erro no sistema, e que está mantida a posição do Governo em realizar os descontos em três parcelas. Ele disse ainda, que o erro será corrigido, já que a folha foi rodada, mas o pagamento ainda não saiu.

 Para que o problema seja corrigido o mais rápido possível, o SINTE comunica às Regionais, bem como, a toda categoria, para que cada trabalhador (a) que perceba esses descontos indevidos em suas folhas, entre imediatamente em contato com a Secretaria de Estado de Educação, no Setor de Gestão de Pessoal, para que a folha seja revista.

DIRETORIA DE GESTÃO DE PESSOAS SED
Diretora de Gestão de Pessoas/DIGP
Lúcia Steinheuser Gorges
Telefone: (48) 3221-6038
E-mail: assessoriadidh@sed.sc.gov.br

Nota de Repúdio


Governador declara que pagou os 22% de reajuste ao magistério em 2012

O SINTE/SC repudia as declarações do Governador Raimundo Colombo ao Jornal Diário Catarinense de hoje, 20 de junho, página 15, no Informe Econômico. Na nota, Colombo declara que: “Lembrou que os professores receberam um reajuste de 22% este ano”.

O sindicato garante que o único reajuste pago à categoria foi através de gratificações concedidas aos trabalhadores (as), os quais, não recebiam o teto mínimo de R$1450,00, uma adequação, para que os mesmos alcançassem esse valor, como rege a Lei. Contudo, os servidores da educação pública do estado, até agora receberam apenas 8% de reajuste, 4% pagos em janeiro e 4% em maio, mesmo percentual concedido a todos os servidores do Estado.

O SINTE lembra que o pleito da categoria é o reajuste de 22% na carreira, hoje achatada, e para todos, ou seja, a aplicação da Lei do Piso para os profissionais desde o nível 1A ao 12G, na atual tabela do plano de carreira.

O SINTE declara ainda, que se sente ofendido com as declarações do Governador, este que esqueceu a greve deflagrada neste ano, reivindicando o reajuste do piso, bem como, as mesas de negociações que ainda estão acontecendo para tentar encontrar uma saída para a categoria. Vale salientar também, que este Governo disse que não pagará o reajuste esse ano, em sua última proposta, é sugerido o pagamento parcelado em cinco vezes, até dezembro de 2013. Porém, a Lei é clara, e estabelece que o reajuste dever ser pago a partir de janeiro desse ano. Sendo assim, o Governo não está cumprindo a Lei do Piso Nacional para o magistério catarinense.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

Incompetência ou Enrolação ?

Mais uma vez a reunião com o governo não aconteceu e a justificativa  como sempre é de que não conseguiram  cumprir com os encaminhamentos da ultima reunião. Os técnicos não tiveram tempo suficiente  para aprontar as tabelas com suas repercussões financeiras, segundo o negociador representante do governo. Isto para nós não é novidade, pois o sistema informatizado do Estado nunca funcionou em beneficio do servidor.
Mas nos causa desconfiança esta situação, vejamos:
 a) no dia 08 de maio suspendemos a greve e o Secretário nos recebeu todo solicito dizendo que as negociações começariam de imediato ;
 b) dia 09 de maio aconteceu a primeira reunião e na mesma reafirmamos a rejeição por parte da categoria da proposta do governo e reapresentamos a nossa proposta , com reajuste do  piso  de 22,22% na tabela;
c) aconteceram neste período 07 reuniões e o governo não apresentaram  nada de novo;
d) e por fim estamos nesta semana  completando um mês de suspensão da greve e até agora as coisas continuam do mesmo jeito.  
Portanto nos resta perguntar para que tantas reuniões? O governo já sabe o que queremos, pois foi por isto que fizemos greve. Ah! Mas  como não confiamos neste governo, a suspeita é de que o mesmo precisa do nosso aval a fim de encaminhar as mudanças da carreira do Magistério para ALESC.
Então companheiros, fiquemos alerta para não perdemos ainda o que temos de direitos.
 


  Tânia A de Carvalho Fogaça
  Secretaria de Organização do Sinte SC.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

3ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO SINTE/SC


Nos dias 17 e 18 de maio de 2012 aconteceu em Lages, a 3ª Conferência Estadual de Educação do SINTE/SC. Com a participação de mais de 300 delegados representando as diversas regiões do estado.
A conferência iniciou com apresentação artística de dois grupos de danças locais, de expressão nacional, e emocionou os conferencistas. Isto ate começar as mesas debatedoras que falavam do PNE – Plano Nacional de Educação, a ser votado na semana seguinte no congresso nacional. 

Mas o ponto triste desta mesa foi à fala do deputado federal Pedro Uczai justificando-se que dificilmente teríamos a aprovação de 10% (dos dez por cento) do PIB (produto interno bruto) para a educação, dizendo que como a participação dos deputados governistas na comissão de educação é de pouco mais de 30%, não seria possível aprovar a aplicação do índice mencionado no PNE, e sim se houver alguma mudança será em torno de 7% a 8% no máximo, e não de imediato, “jogando um balde de água fria” nos conferencistas. Tudo em nome da “governabilidade com a base aliada”.

Na mesa da tarde tivemos a participação de representantes do governo federal (MEC) e UFSC, defendendo como era de se esperar as “políticas de governos” para a educação e principalmente no Ensino Médio. Um representante do SINTE/SC fez o contra ponto. Mostrando que entre os projetos dos “iluminados” dos Governos e a realidade escolar, ainda tem que se investir muito, para termos o mínimo necessário para aplicação destas políticas públicas para a educação.

O estranho é que em uma conferência promovida e financiada pelo sindicato a categoria tenha que ouvir aquilo que já conhece e discorda, combate e repudia em seu dia a dia na escola.

No dia seguinte aconteceram os trabalhos de grupo e ai então os trabalhadores apresentaram em seus grupos a realidade que vivem e as necessidades de suas escolas. Tais como:

- A ditadura imposta pelos gestores escolares e seus superiores (GEREDs e SED);
- A falta de condições de trabalho, com escolas literalmente caindo;
- Falta de material didático e pedagógico;  
- Alunos sem aula por falta de professores habilitados e muito mais.

Mas a surpresa final foi na plenária da tarde, onde a maioria dos conferencistas, representando e comandados pela coordenação majoritária do SINTE-SC, Leia-se PT/CUT, votou favorável ao ENEM, IDEB e PNE que esta no congresso nacional.

Este mesmo PNE, que mantêm em seus textos “que os diretores devem ser nomeados e gratificados de acordo com  processos de avaliação do governo”.

Entendemos que esta concordância com o IDEB, autoriza o Governo estadual a utilizar este índice, para qualificar as escolas, independentes das condições por ele disponibilizadas. Ou seja, quem estuda em um supermercado inacabado em condições subumanas, tem que buscar o mesmo índice que outra em melhores condições. Com isto pode utilizar este mesmo índice para pontuar a gratificação dos docentes (meritocracia),acabando assim com a isonomia salarial.

Votaram também favoráveis ao ENEM, que não dá condições de concorrerem em igualdade para os alunos das escolas públicas. Defendemos a universalização da educação pública, mas não podemos admitir que quem somente estudou em escolas particulares, tenham acesso as vagas nas universidades públicas em detrimento dos alunos das escolas públicas. E enquanto não tivermos essa igualdade, defendemos “universidades públicas para alunos de escolas públicas”.

Alguns dirigentes defenderam que acreditam poder apresentar emendas ao projeto, querem nos fazer acreditar em papai Noel. E a incoerência não para aí. Dizem que são favoráveis e defendem 10% do PIB para educação, mas aprovam um plano que defende 7%. Aprovam políticas que nada mais são do que formas de avaliação do trabalhador. Aquilo que sempre lutamos contra, pois sabemos que só trará prejuízos para a categoria.

“Governo que não valoriza o seu trabalhador da educação, que não cumpre lei, não tem direito a avaliar ninguém”.
“Lamentavelmente, profissionais da educação que lá estavam, aplaudiram as votações, sentindo-se vitoriosos. Muitos ainda usavam camisetas com a frase: A Educação quer mais! mas deveriam escrever: Mas nos contentamos com pouco”.
 Vergonha!!!

Marcelo Speck da Rosa
Tânia Fogaça
Dilciane Saccon e
Independentes do bloco AÇÃO e LUTA.

Mais uma reunião entre SINTE e CONER


Na tarde desta terça-feira (30), aconteceu mais uma rodada de negociações entre SINTE e CONER na sede da Secretaria de Estado de Educação. A tabela do plano de carreira e seus percentuais de reajuste foram os temas principais da reunião. Décio Vargas, o negociador da SED, afirmou a elaboração de cinco modelos de tabelas, estas que foram encaminhas para a Secretaria de Administração, para que se submetessem a uma previsão de valores, visto que, os modelos devem ser rodados como se fossem folhas de pagamento para que sejam analisados os valores reajustados e o impacto financeiro para o Estado. 
O SINTE cobrou a apresentação de propostas concretas, sendo que essa era a previsão para esse encontro, porém, Décio afirmou que houve o atraso nas repercussões das tabelas, por conta da folha de pagamento, que utiliza o mesmo sistema, ele disse que para a próxima reunião, dia 05 de junho, deverá trazê-las. 

Mesmo assim, algumas projeções foram apresentadas aos sindicalistas através do “datashow”, tabelas estas baseadas no modelo criado e aprovado pela categoria na Assembleia de Lages, no ano passado. A meta é a descompactação da carreira do magistério, oportunizando principalmente a progressão dos trabalhadores (as) com mais de 20 anos de serviço, estes, os mais prejudicados com o atual plano. Hoje a tabela vai do 1A ao 12G, para que haja a progressão após os 20 anos, ela deverá ser do 1A ao 6J. Desta maneira será revisto o enquadramento entre níveis e referências para quem está em final de carreira. 

Com relação ao Piso Nacional exigido pela categoria, o sindicato mantém sua posição de que o mesmo seja pago a todos, quanto à falta de recurso por parte do Governo, conforme reafirmam em todas as mesas, os sindicalistas dizem que são problemas de gestão, porque recursos têm. 

A questão da reposição de aulas também foi motivo de debate na reunião, isso porque, apesar do Governo liberar a elaboração dos calendários respeitando a autonomia das escolas, conforme solicitação do sindicato, ainda há o impasse com relação à continuidade dos descontos em folha. A posição do SINTE é de que sejam suspensos os descontos imediatamente, visto que, há a vontade dos professores em repor os dias/aulas parados. O que já foi descontado poderá ser pago posteriormente, mas continuar descontando com os trabalhadores repondo é absurdo, destacam os sindicalistas. 

“Para que tenha um calendário que seja cumprido, tem que parar os descontos. A categoria se sente punida duas vezes, uma porque vai repor, aumentando sua jornada de trabalho e ainda será descontada, vai ter professores que vão se recusar a repor diante destes descontos”. 

O SINTE orienta os trabalhadores (as), com relação à reposição, que cada escola deve observar seu calendário e contar as faltas somente dos dias de trabalho escolar efetivos entre os dias 23 de abril e 08 de maio, inclusive o dia 30 de abril, véspera do feriado, analisando se esse dia foi ou não de atividade na escola. A SED afirmou ainda, que até ontem não tinha recebido nem 50% dos calendários de reposição das escolas do Estado. 

O SINTE também colocou em pauta na reunião duas denúncias de autoritarismo nas regionais de Itajaí e Joinville. Em Itajaí, a GERED, que afirma ter recebido parecer da Procuradoria Geral do Estado, está querendo obrigar os professores a cumprir a hora atividade (período de preparação de aulas direito previsto no plano de carreira) nas escolas, inclusive com ameaça de exoneração dos diretores que não cumprirem tal ordem, sabendo que, a Lei 1139/92 do plano de carreira, estabelece que, se a escola não oferecer condições para o cumprimento da medida, o professor está desobrigado a realizar a hora atividade na escola. 

Ao ser questionada sobre o assunto, a Diretora do Ensino Básico da SED, afirmou que a gerência deve se lembrar da fala do Secretário Deschamps na reunião de Canoinhas,   e que não existe por parte do Governo nenhuma proposição quanto a isso, sendo desautorizada essa fala por parte das GEREDs que a utilizarem. 

Já em Joinville foi colocado na reunião que está sendo cobrado dos trabalhadores o recreio monitorado, com punição e responsabilização dos professores por brigas, ou algo do tipo que possam acontecer na escola em tal período. O SINTE reafirma que o recreio é garantido aos professores como intervalo de descanso após horas corridas de trabalho e que essa prática nunca deveria ser utilizada nas escolas. Mais uma vez a SED afirmou que esse encaminhamento não partiu do Governo. 

Ao final da mesa, ficou decido que para o dia 05 de junho, o CONER trará as projeções das tabelas do plano de carreira, e no dia 13 uma proposta final, esta que ainda poderá ser renegociada, já que o SINTE exigiu que a proposta seja analisada pela categoria em reunião com o Conselho Deliberativo, diferentemente do que aconteceu com a última, que foi repassada ao Sindicato menos de 24 horas antes da Assembleia Estadual do dia 17 de abril, não oferecendo tempo hábil para análise da mesma.