segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Professores são contra municipalização

Os professores presentes à audiência pública realizada na Alesc decidiram rejeitar a proposta de municipalização do Ensino Fundamental. Dez professores da Amurel estiveram representando a categoria na audiência.
Também decidiram reivindicar a garantia, para 2012, da manutenção das atuais vagas das séries iniciais e das novas primeiras séries do Ensino Fundamental; enviar, através da Comissão de Educação, correspondência aos vereadores e aos prefeitos solicitando a não adesão à municipalização; debater a municipalização no encontro estadual de vereadores, em dezembro; solicitar a revogação do Decreto Estadual 502/11; enviar Moção de Repúdio à Secretaria de Estado da Educação pela ausência do representante até o final da audiência; e a realização de concurso público para profissionais da educação. 
A deputada Luciane Carminatti (PT) relatou que as audiências realizadas em Lages e Maravilha deliberaram pela não municipalização. Segundo a parlamentar, “a municipalização não trará mais recursos para a educação”. Apesar do estado repassar os recursos do Fundeb aos municípios que aderirem, eles são insuficientes. Além disso, os municípios terão que bancar o transporte escolar e a manutenção das escolas.
Segundo o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps,que participou da audiência representando o governo, a adesão dos municípios é voluntária. Mas durante a audiência o próprio Deschamps reconheceu que este é um “momento de incerteza e insegurança para os professores”.

Para a professora Rosângela Barreiros, nunca teve tanta insegurança na escola. “Se o aluno mexe no bolso o professor fica esperando: ele vai sacar uma arma, um canivete?” Rosângela ainda afirmou que é preciso dar um basta nas indicações dos partidos para cargos de direção. “Chega de diretor oprimindo, humilhando e assediando os professores”, declarou.
A professora Joaninha de Oliveira, de Florianópolis, questionou como um professor do Ensino Fundamental, que cursou pedagogia, poderá optar por trabalhar no Ensino Médio, ministrando aulas para as quais não está preparado? Joaninha também alertou para a o fato de que o professor cedido que não estiver em sala de aula perderá a regência de classe. “Ele vai para a biblioteca, para o almoxarifado, para a cantina?”, perguntou.
 A professora Tânia Fogaça, de Tubarão, afirmou que o secretário de Educação local, de forma muito franca, declarou que o município vai aderir à municipalização, mas não quer os professores da rede estadual, apenas os prédios e os alunos.

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